Você provavelmente ouviu falar de concept art em algum lugar. Vamos falar disso, mas dando uma expandida nessa ideia.

Arte Conceitual são os desenhos preparados durante a pré-produção de qualquer programa que interage com a mídia de animação e computação gráfica, comumente vista em filmes, desenhos e videogames. Esse tipo de desenho pode ser feito para buscar a compreensão visual e conceitual de Personagens, Cenários de fundo, Criaturas e Objetos de Cenário. Mas, para uma narrativa transmídia, ir um pouco além da arte pode ser bom. Por isso, comece a pensar mais em material conceitual do que arte conceitual, porque você pode precisar de conceitos que não são artes.

Quando você tem diversos indivíduos trabalhando em um único projeto, é necessário ter a representação apropriada para nortear os esforços de todos os membros da equipe. Vamos falar sobre alguns desses:

CONCEITOS DE PERSONAGENS

Na produção do material conceitual de personagens, o foco é não só detalhar o vestuário, físico e as expressões da personagem, mas por meio desses elementos capturar a história e a personalidade deles de maneira sucinta e bem visível para todos os envolvidos.

Designs Conceituais de personagens focam em detalhamento expressivo, guarda roupa, movimentos, sutilezas da aparência, entre outros detalhes que servem para solidificar os seus conceitos.

POR EXEMPLO...Os conceitos das nossas personagens principais

Um textinho básico vai estar aqui

CONCEITOS DE CRIATURAS

Similarmente à Arte Conceitual de personagens, Criaturas também podem ser considerados personagens que merecem o mesmo nível de detalhe. A diferença da metodologia desses designs é que ao invés de só detalhar a personalidade da criatura, o foco é detalhar seus aspectos físicos. O que a criatura tem a capacidade de fazer, se é feroz ou inofensiva ou o seu tamanho comparada a uma pessoa normal. Criaturas também têm suas personalidades e essas podem se demonstrar mais ou menos sutilmente dependendo da necessidade da produção.

POR EXEMPLO...

Espera aí. A nossa história não tem criaturas!
Bom, pelo menos até onde planejamos ela não tem.
Enfim, seria meio chato deixar essa parte sem alguns exemplos, então também preparamos alguns conceitos de criaturas.

CONCEITOS DE CENÁRIOS

Quando se trata de arte de Fundo, diversos aspectos precisam ser considerados dependendo do tempo e do espaço em que se encontra. Se está de noite, se é um cenário rural ou urbano, se é futurista, pós-moderno, histórico, entre outros diversos aspectos. Surpreendentemente, até mesmo os fundos possuem uma certa personalidade, fundos podem servir para direcionar o tom da cena, e dessa maneira, nortear as suas aplicações.

POR EXEMPLO...

Pensando no piloto, fizemos alguns conceitos de cenário

IDENTIDADE VISUAL

Identidade visual é um conjunto de elementos visuais que vão servir como base pra montar várias coisas em cima. Pra uma narrativa, uma identidade visual também tem que deixar os valores, ideias e temas da sua história claros com o jeito que cada coisinha é mostrada. Você que decide quantas coisas vão fazer parte da sua identidade visual, mas a ideal é você pensar pelo menos em um Nome, Cores, Estilos Visuais e Tons. Tendo esses quatro bem definidos, você consegue deixar uma marca num mar de histórias, e destacar sua narrativa pra que mais pessoas a descubram.

O Sistema de Identidade Visual só é formado quando possui uma unidade, caracterizada pelo claro estabelecimento de elementos que o singularizam e pela repetição organizada e uniforme desses elementos. Para exercer sua funcionalidade, esse sistema requer:

POR EXEMPLO...

Capas de livro são um bom exemplo de Identidade Visual. Elas são a primeira coisa que seu futuro público vai ver na prateleira, e causar uma primeira impressão sempre é bom.

Ainda juntamente a isso, é necessário impor um método projetual para que esses conceitos não atropelem uns aos outros. A Metodologia é uma ferramenta para o desenvolvimento de objetivos como esses, literalmente falando é o estudo e desenvolvimento de métodos relevantes ao objetivo e deve servir como auxílio para a solução de seus problemas.

O nosso projeto se beneficia de uma apresentação leve, cômica e dinâmica que apela para os jovens da nossa geração que cruzam a ponte entre o entretenimento clássico brasileiro e os programas estrangeiros que se tornaram sinônimos com cultura pop. Desta forma, foi importante considerar a expressividade das personagens enquanto estávamos nos decidindo no design e finalizando as planilhas de personagem. Por essa razão, achamos melhor não entrar no reino do realismo e permanecer com os desenhos de cartum.

A transmídia e os caminhos da identidade visual que desenvolvemos é segmentada entre as três personagens principais; e servem de paralelo à aplicação da própria transmídia do Projeto. Três realidades diferentes com um foco em comum, uma narrativa singular por meios e padrões diferentes. Não é exatamente o Da Vinci da metalinguística mas é uma representação visual atual.

POR EXEMPLO...Algumas coisas que montamos para usarmos como identidade visual

Buscamos na formação do estilo artístico e da identidade visual uma forma de semi realismo estilizado, onde as personagens tem o aspecto físico diversificado sem chegar a um nível de detalhe complexo demais para ser animado. As meninas foram desenhadas primeiramente para serem animadas, por isso os seus designs são relativamente simples, especialmente em relação ao cabelo.

Para complementar essa ideia, decidimos que nossa identidade visual seria formada por elementos mais simples, que pudessem servir como uma base para o dinamismo das personagens. Começamos estabelecendo cores e padrões para cada uma das nossas protagonistas:

Primeiramente, o padrão que escolhemos para Adriana é um roxo com um padrão de xadrez, linhas entrelaçadas de diversos tamanhos indo em diversos lugares, representando o mistério do seu futuro, sendo puxado em diversas direções.

Bianca tem o seu azul com triângulos, a pluralidade de Bianca, que se transforma em cada ambiente de trabalho.

Claudia tem o rosa choque com alvos, o foco que ela quer buscar, onde ela quer chegar, onde ela está, locais exatos que ficam mais difíceis de perceber quanto mais distantes.