OK, já decidimos sobre o tipo de expansão que será feito. Agora, vamos falar do onde.

QUANTIDADE

Quantas mídias essa narrativa vai cobrir? O número não precisa ser fixo, e a quantidade de mídias e narrativas podem aumentar ou diminuir ao longo do processo de expansão, mas considerar uma base mínima logo de cara ajuda a ensaiar como a expansão será realizada.

VARIEDADE

Por mais que as mídias se pareçam, cada uma tem suas questões particulares. É aqui que elas são analisadas. Quais são as questões individuais que cada mídia terá? Também é bom estabelecer uma linguagem o mais comum possível a todas, para que quem assiste possa estar inserido no ambiente da narrativa independente de mídia. Criar essa linguagem narrativa e visual e adaptar ela pro jeitinho especial de cada mídia pode definir o sucesso ou o fracasso da narrativa transmídia.

RELEVÂNCIA

Assim como na criação do seu elenco, estudar a importância de cada mídia dentro da narrativa transmídia é importante para facilitar e organizar o desenvolvimento. Todas as mídias terão um peso igual dentro da narrativa transmídia, ou algumas delas terão uma história que serve mais como um apêndice de outra história maior e não interferem tanto na experiência? Idealmente, cada mídia vai conseguir, pelo menos, ser uma experiência que dá pra se ter sozinha sem as outras, mas isso não quer dizer que ela será tão importante para a narrativa transmídia como um todo.

POR EXEMPLO...

Pensando na questão das mídias, definimos alguns pontos que seriam interessantes para nós:

Considerando esses fatores, mais a nossa preferência pessoal (afinal, qual a graça de montar uma história se não tiver algo que gostamos?), fechamos nossas mídias iniciais em três: uma série de animação, uma história em quadrinhos, e uma mídia interativa.

A animação sempre foi uma mídia que nos inspira e nos fascina, por isso foi essencial para que ao menos fizéssemos a tentativa de capturar a narrativa de “Star eStar” em forma de Animatic. Em nosso projeto 1041 a nossa entrega principal consistiu na apresentação de parte do Piloto de “Star eStar”, feito em um Animatic físico. A animação é uma mídia que emprega uso especializado de visuais dinâmicos para contar histórias ou auxiliar histórias que simplesmente não podem replicar o mesmo efeito somente com palavras ou descrições em uma página. O Dinamismo da animação é preferível até mesmo a imagens reais em alguns casos por causa da liberdade de expressão e controle cinematográfico que a animação garante.

Esse é um animatic (um teste de animação) do que estamos pensando pra como a animação seria. Esses seriam os primeiros minutos do episódio piloto.

Enquanto produzindo a animação, o conceito de um Quadrinho pairou sobre nossas cabeças, uma mídia que busca um maior equilíbrio de palavras e imagens. Quadrinhos geralmente beneficiam histórias em que os elementos visuais são mais simples ou de curta duração, onde é importante que o conteúdo visual e o conteúdo em texto esteja em equilíbrio. Um Quadrinho com palavras demais e quadros entediantes é mal equilibrado, da mesma maneira que um quadrinho com poucas palavras durante a sua duração e muitas imagens é. O ritmo em que o leitor interage com os quadros é também algo importante para ser considerado, por isso artistas costumam incluir segmentações dos quadros para controlar o ritmo da leitura e providenciar uma experiência mais dinâmica. Temos muito o que falar na nossa narrativa, e pouco tempo, por isso decidimos explorar a ideia do quadrinho para contar mais histórias que não pudemos representar no Animatic.

Existem várias formas de se fazer uma história em quadrinhos. Nós decidimos utilizar o formato Webtoon, feito primariamente para ser visto digitalmente. Ele nos dá uma flexibilidade boa tanto em estilo quanto em tempo de produção, e como é de costume de uma publicação em webtoon ser dividida por páginas e não por capítulos com várias páginas, também podemos ser criativos com a forma de cada página. Aqui em baixo temos um rascunho de como seria uma das publicações do nosso Webtoon.