EXPANSÃO PRÉ-ATIVA

Aqui a narrativa já é construída desde o começo pensando em uma expansão transmidiática. O processo é mais demorado e considera vários fatores além da narrativa, mas depois do começo tumultuado a viagem é bem tranquila.

Narrativas que são expandidas pré ativamente geralmente possuem histórias complexas e rebuscadas que demandam a utilização do método transmidiático para serem apropriadamente contadas. Certos aspectos da história só podem ser contados por mídias visuais, que tem a liberdade de incluir diálogos mais naturais e rápidos que complementam os visuais, providenciando uma história dinâmica e energética. Outras só podem ser apropriadamente contadas por mídias interativas, que se beneficiam da presença do indivíduo que interage como uma força influenciante.

Se existe uma coisa que você não consegue fazer em uma mídia, você pode utilizar outra que consegue, e fazendo desde o princípio isso o processo fica mais natural.

EXPANSÃO REATROATIVA

Se não está a fim de se preocupar com muita coisa logo de cara, ou já tem uma história pronta e não tá a fim de mexer nela, essa é a opção. Aqui, a expansão transmidiática começa a ser planejada depois de uma narrativa estar consolidada. Geralmente, essa narrativa pronta se torna o ponto central de tudo o que vem depois, o que pode ser um pouco difícil de se lidar depois de um certo ponto onde a narrativa expandida engole a original. Mas difícil não é impossível.

Se há alguma oportunidade de expandir ou reformular a trama de maneiras diferentes do normal, a utilização de mídias diferentes pode ser reivindicada para que a história possa ser expandida. A dificuldade de implementar a expansão retroativa é que corre o risco de bagunçar a narrativa se for feita por uma equipe que desconhece as prioridades e características mais sutis dos personagens e da narrativa já contada.